Dia do Jornalista: conheça mais sobre 4 jornalistas do Jornal da Gazeta

Por: Fernanda Alves

Publicado em: 05/04/2024 - Última atualização: 05/04/2024 - 17h47

Compartilhe

No próximo domingo, 07 de abril, é comemorado o Dia do Jornalista. A data, instituída apenas em 1931, foi uma decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a fim de homenagear o médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró. 

O profissional, forte opositor ao regime autoritário de Dom Pedro I, foi o criador do Observatório Constitucional, um veículo independente sobre política, mas que foi censurado e velado pela monarquia. Em 1830, Líbero Badaró foi morto por inimigos por conta de sua oposição ao governo imperialista.

Assim, o Dia do Jornalista busca reforçar a importância da profissão daqueles que informam de maneira legítima e conectam os espectadores com os mais variados assuntos, além de conscientizar sobre a liberdade de imprensa. 

As jornalistas do Jornal da Gazeta

Pensando em celebrar o dia dessa profissão tão essencial no dia a dia dos brasileiros, separamos um pouco mais sobre 4 jornalistas fundamentais para a produção atual do Jornal da Gazeta. 

Luciana Magalhães, apresentadora do JG

Luciana Magalhães, apresentadora do JG. Foto: Reprodução/@lucianamagalhaestv

Formada em Rádio e TV pela Faculdade Cásper Líbero, Luciana adentrou a profissão em sua pós-graduação em Jornalismo, também na FCL. Parte imprescindível da bancada do programa, a jornalista, que completou 19 anos de casa, conta que iniciou sua trajetória na Gazeta ainda como estagiária

“Entrei na TV Gazeta ainda como estagiária na produção do extinto Todo Seu, apresentado pelo Ronnie Von. Como é comum por aqui, os estagiários passam por todas as etapas antes de concluir o curso. E isso dá uma bagagem muito boa na hora de encarar o mercado de trabalho lá fora. Comigo não foi diferente. E isso se manteve não só no estágio, mas quando fui contratada.”

Para chegar na bancada do jornal – posição que sempre estimou –, Luciana conta que precisou passar por todos os segmentos. 

“Quando passei do entretenimento para o Jornalismo, fiz de tudo. Além de apresentar, escrevi, editei, produzi… fiz rede, pauta… até mesmo na apresentação tive várias oportunidades, como reportagem, link, boletim, previsão do tempo… até chegar na bancada. E isso é muito bom, pois dá uma visão diferenciada e global de um jornal – da redação ao estúdio.”

Para ela, todo esse processo foi essencial para seu crescimento profissional, instituindo bases sólidas e agregadoras. 

“Também facilita o trabalho e te ajuda a ser mais empático e a ter mais espírito de equipe. Eu sempre quis a bancada, e ter passado por todo aquele processo ajudou a formar a profissional que sou hoje. E me orgulho demais disso.”

 

Denise Campos de Toledo, comentarista de economia e entrevistadora do JG

Jornalista pela ECA/USP, também cursou economia na PUC. Além de realizar comentários diários sobre o assunto no programa, é responsável pela organização das entrevistas de cada dia. 

Denise Campos de Toledo, responsável pelos comentários de economia e pelas entrevistas diárias do JG.

“Para as minhas entrevistas diárias no Jornal da Gazeta tenho de acompanhar os mais diversos assuntos, não só para estar preparada para elaborar as perguntas e debater com os entrevistados, poder argumentar com mais consistência, mas também para poder sugerir as entrevistas, as pautas, com base nos fatos mais relevantes do noticiário.”

Denise contou, no entanto, que seu interesse pelos mais diversos temas sempre existiu. 

“Eu sempre gostei de acompanhar o noticiário geral com mais profundidade, saber de tudo o que está acontecendo, até porque os temas se interligam. Hoje temos economia, política, meio ambiente, relações internacionais com pautas muito relacionadas. Saúde e a pandemia, por exemplo, entraram no contexto econômico e político. Mas acompanho até o esporte.”

A profissional acredita também que a busca pela informação é essencial para qualquer cidadão, tendo em vista que seria uma maneira de contornar as fake news. Já para os jornalistas, ela menciona que essa procura é ainda mais necessária, 

“Lidamos com fatos e, antes de falar sobre eles, é preciso entender. Me incomoda muito profissionais que dizem não entender determinados assuntos. […] Até para ampliar o potencial de áreas de atuação, é preciso ampliar também o conhecimento. Não dá pra ler só leads de matérias que interessam. As entrevistas, para mim, são uma oportunidade maior de aprofundar o conhecimento.”

• Confira as entrevistas realizadas por Denise com os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo.

Sabrina Pires, jornalista e repórter do JG

Formada pela Faculdade Metodista, Sabrina atua na TV Gazeta desde 2007. Além de repórter do Jornal, é também apresentadora do videocast Dialogamente, onde debate sobre saúde mental, neurociência e comportamento. 

Sabrina Pires, repórter e apresentadora do podcast Dialogamente.

Nas reportagens, a jornalista faz entradas ao vivo, além de realizar gravações, dentro ou fora dos estúdios do jornal. 

“As entradas ao vivo são os momentos mais quentes do jornal, na minha visão. Representam a última versão dos fatos até aquele momento, e o próprio espectador sente que é algo importante a saber! Entendo, inclusive, que essa é a tendência. A televisão do futuro será principalmente com esse tipo de participação – ao vivo e mais espontânea.”

Sabrina conta, ainda, que as situações mais adversas já aconteceram durante suas entradas ao vivo no jornal. 

“Claro que entradas gravadas são mais certeiras: não existe “branco”, “susto”, imprevistos das mais diversas ordens! Como sempre brinco: quando liga a câmera, tudo acontece! É incrível! E no link muita coisa pode te desconcentrar – de uma luz que se apaga de repente à ameaça de um assalto ao vivo! (Sim, tudo isso já aconteceu comigo).”

Por fim, mesmo com todas as adversidades, a jornalista acredita que a adrenalina do ao vivo soma em conteúdo para quem assiste e, ao mesmo tempo, para quem produz. 

Fernanda Azevedo, editora e apresentadora da Previsão do Tempo do JG

Fernanda cursou jornalismo na PUC-Campinas e sua pós-graduação foi realizada na Cásper Líbero. No jornal, hoje, é responsável pela Previsão do Tempo, além de apresentar dois podcasts da casa, o Por Dentro da Estação e o Sobretudo, de cultura. 

Fernanda Azevedo, durante a Previsão do Tempo do Jornal da Gazeta.

“Abordar diferentes temas, no meu caso científicos e culturais, faz parte do cotidiano do jornalismo. Fui repórter por muitos anos e cada dia fazia uma pauta diferente, dos mais diversos assuntos, e agora, como apresentadora e editora, sinto que é a mesma coisa. Então faz parte das nossas habilidades essa atuação múltipla e do nosso cotidiano estarmos sempre atentos aos acontecimentos, mesmo que não sejam da nossa atuação naquele dia.”

Fernanda menciona que, na mudança de temas e gravações, o que muda é a maneira como se prepara. 

“A previsão do tempo faz parte do meu dia-a-dia, aqui no Jornal da Gazeta. Diariamente, eu recebo os relatórios climáticos e as artes, com os mapas do dia, e vou me informar sobre os principais acontecimentos meteorológicos no Brasil. A partir dessas análises eu decido quais os destaques vou dar no jornal e começo a elaborar os textos, procurar imagens […] Com isso pronto, aí eu vou me maquiar, me trocar para entrar ao vivo.”

Além da preparação, a jornalista menciona que a diferença também aparece na linguagem que é usada em cada formato. 

“No jornal, seguimos um padrão um pouco mais formal e temos que seguir o tempo estipulado para a notícia. Mesmo assim, eu procuro traduzir temas científicos mais técnicos para uma linguagem mais próxima do telespectador. […] Já no Sobretudo podemos ser mais informais, falar de assuntos pessoais, usar gírias que não usaríamos no jornal.”

Quanto às gravações do videocast Sobretudo, Fernanda menciona que é a partir da seleção dos convidados – escolhidos por ela e pelo coapresentador, Felipe Vidal – que a preparação é feita. 

“A partir da confirmação desses artistas, eu começo a estudar sobre a carreira deles, leio outras entrevistas e muitas vezes também vou pessoalmente assistir aos shows e espetáculos em cartaz. É um trabalho bem diferente, mas igualmente dedicado à precisão da informação.“