Bob Fernandes / Marina e a opção da ligação direta com o eleitor

Começou o show, o espetáculo da Politica à brasileira. Em duas das peças publicitárias, Tiririca e Roberto Freire.

Jornal da Gazeta

Começou o show, o espetáculo da Politica à brasileira. Em duas das peças publicitárias, Tiririca e Roberto Freire.
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Tiririca, fiel a si mesmo, imitou Roberto Carlos. Já Roberto Freire, quiçá num lapso freudiano, exibiu propaganda com apoio a Aécio Neves.
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Freire é presidente do PPS, aliado à candidatura Marina, do PSB, e não a Aécio, do PSDB.
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Na coluna de Mônica Bergamo, por ironia, Freire cobrava Marina; até aqui ela anunciava adesão à candidatura Suplicy (PT) para o Senado.
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Entende Freire que agora Marina está obrigada a se calar ou a apoiar Serra, da coligação em São Paulo.
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Para Freire, ou Marina apoia Benedito de Lira ou sai de cena em Alagoas. Ela apoiaria Heloisa Helena, candidata do PSOL ao Senado.
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Eduardo Campos teceu alianças em 17 estados. Marina tem opções: cumpre os acordos, se recusa a cumpri-los, renegocia, ou...
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Anunciam por Marina que ela não apoiará Alckmin e Richa, em São Paulo e Paraná, e o petista Lindberg, no Rio.
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Marina não apoiaria, decisão que pode se ampliar, mas demais candidatos do partido estão liberados pra aderir.
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Assim o PSB mantém suas alianças, Marina preserva seu discurso, e mais revelador: indica que pode se decidir por falar diretamente com o eleitor.
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Nada do que Marina enfrentará é diferente do que vivem Dilma e Aécio.
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Alianças bizarras são corriqueiras na politica do Brasil. E não tem quem não saiba qual é o começo na busca de uma solução: reforma política.
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Eleger e manter maiorias nos legislativos sem uma reforma é caminho para corrupção e crises. Seja quem for o eleito ou a eleita.
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Campanhas custam fortunas e são financiadas basicamente pelo setor privado. Nada é de graça. Alguém paga a conta.
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Dilma, Aécio, e Marina que se anuncia como "o novo": qual candidatura vai propor a reforma política? Qual reforma, para quando e como?