Machismo é maior obstáculo à igualdade de gêneros

Quais os países que praticam a discriminação de gênero?

Jornal da Gazeta

O Fórum Econômico Mundial é aquela entidade que reúne, todos os anos, a fina flor da política e do capitalismo, em Davos, na Suíça. Pois ele hoje publicou seu relatório anual sobre os países que abrem espaço para a mulher. E quais os países que praticam a discriminação de gênero.

Em termos de mercado de trabalho, o Brasil não vai lá muito bem. Está bem no meio do ranking, na posição setenta e um. Bem atrás do Peru, da Argentina ou de Portugal. E também atrás da pequena Nicarágua. Ela é, espantosamente, o sexto país mais igual do mundo. Digamos que o Brasil dá um pequeno vexame, porque o relatório saiu dois dias depois que uma mulher foi reeleita como presidente da República. O país mais igual é a Islândia. Os Estados Unidos ocupam apenas a posição número vinte. E na rabeira da lista há um grupo de países muçulmanos. São o Iêmen, o Chade, o Paquistão e a Síria.

O Fórum Econômico Mundial também faz um levantamento sobre os países em que a mulher tem maior participação na política. E vejam que curioso. A Argentina e a Índia estão no topo da lista, ao lado dos países mais ricos da União Europeia. As mulheres também mandam mais em países bem pobres, como Ruanda e Bangladesh, que ficaram sem parte da população masculina por causa das guerras. O segundo país do mundo com mais mulheres no Parlamento é Cuba. Mas não adianta lá muita coisa, porque Cuba é uma ditadura e as deputadas têm pouquíssimo poder. Há nisso tudo um dado importante. Mesmo os países com maior igualdade não têm as mulheres exatamente na mesma posição que os homens.

Um estudo sobre gênero, publicado há três anos nos Estados Unidos, deu uma pista importante. Mesmo quando não há discriminação, a mulher é vítima da interrupção da carreira por causa da maternidade. Mas o que predomina, mesmo, é o machismo. Religioso ou não. É esse o bicho que todos nós precisamos combater. É assim que o mundo gira.

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