Compartilhe
A saída, agora, é trocar a diretoria da Petrobras
Há um poço sem fundo na Petrobras. Não têm fim o buraco onde se acumulam as más notícias sobre a empresa.
Isso tem mais consequências econômicas e finaneiras para a empresa, além de causar problemas policiais, judiciais e políticos ainda mais graves.
Até agora, havia mais suspeitas do que elementos concretos para se dizer que a atual direção da empresa sabia da lambança e acobertava os problemas. Agora, está aberta a porta para mais processos, no Brasil e também lá fora, pois as ações da Petrobras também são negociadas nas bolsas americanas. Processos ainda mais sérios nos Estados Unidos não apenas vão causar um dano não apenas à imagem da empresa, mas da sua capacidade de fazer negócios e de levantar financiamentos. Vai causar um dano à imagem e aos negócios das empresas brasileiras em geral, pois o mercado brasileiro vai ser considerado ainda mais de alto risco.
As consequências políticas aqui no Brasil já começaram. A oposição quer a demissão da atual diretoria e um processo judicial. A atual diretoria, de resto, é de confiança da presidente Dilma Rousseff. Ou seja, a crise política vai piorar. E crise política não faz nada bem à economia, que já vai mal.
O preço das ações da Petrobras caiu hoje 5%. Já estava no nível mais baixo em quase uma década. Mesmo horrível, isso é fichinha perto do que pode acontecer. Empresas brasileiras de outros setores já estão desistindo de tomar empréstimos no exterior, pois o aumento da desconfiança como Brasil elevou as taxas de juros. Sem empréstimos, fica difícil tocar investimentos. No caso da Petrobras, sabe-se lá quando a empresa vai poder levantar recursos de novo.
Já estava endividada demais, pois fatura de menos e gasta demais, por ordem do governo. Agora, sua reputação, seu crédito, está no lixo. Não resta alternativa a não ser trocar toda a diretoria e mudar toda a política para a empresa nos últimos quatro anos, do mesmo modo como a presidente Dilma Rousseff prometeu fazer com a política econômica. De outro modo, há o risco de que seja destruída a maior empresa do país, também patrimônio público.
Leia mais sobre: